terça-feira, 13 de maio de 2014

Tipos de fios-de-contas:

Tipos de fios-de-contas:

Yian/Inhãs: Fios de uma só “perna”, isto é, o colar simples de uma só fiada de missangas cuja medida deve ir até a altura do umbigo.
Delogum: Colares feitos de 16 fiadas de missangas com um único fecho cuja medida, como os Inhãs, vai até à altura do umbigo. Cada Iaô deve possuir, normalmente, um Delogum do seu orixá principal e outro do orixá que o acompanha em segundo plano.
Brajá: longos fios montados de dois em dois, em pares opostos. Podem ser usados a tiracolo e cruzando o peito e as costas. É a simbologia da inter-relação do direito com esquerdo, masculino e feminino, passado e presente. Quem usa esse tipo de colar é um descendente dessa “união”.
Humgebê/Rungeve: Feito de missangas marrons, corais e seguis (um tipo de conta).
Lagdibá/Dilogum: Feito de fios múltiplos, em conjuntos de 7, 14 ou 21. São unidos por uma firma (conta cilíndrica).
As Cores dos fios-de-contas de cada Orixá:
Exú – Contas Pretas intercaladas com Contas Vermelhas
Ogum – Contas Azul Forte (podem ter apontamentos Vermelhos ou Verdes)
Oxóssi – Contas Azul-turquesa
Omulú – Contas Brancas Raiadas de Preto ou Contas Marrom
Oxumaré – Contas Amarelas Raiadas de Preto ou Verdes Raiadas de Amarelo
Ossaim – Contas Verdes
Iroko – Contas Verdes intercaladas com Contas Brancas
Logun Edé – Contas Azul-turquesa intercaladas com Contas Amarelas ou Brancas
Oxum – Contas Douradas ou Contas de Âmbar
Iemanjá – Contas Brancas intercaladas com Contas Azul Claro e/ou Contas de Cristal
Iansã – Contas Marrom ou Contas de Coral (Vermelho, Salmão)
Ibeji – Contas de Todas as Cores
Obá – Contas Vermelho Escuro
Ewá – Contas Vermelhas intercaladas com Contas Amarelas
Nanã – Contas Brancas Riscadas de Azul
Xangô – Contas Vermelhas intercaladas com Contas Brancas
Oxalá – Contas Branco Leitoso e/ou Contas de Cristal
Orixás

A palavra «ORIXA» em seu original Yorubano significa guardião da cabeça e são forças da Natureza
A força, a luz, e a energia estão em toda a parte।Os ORIXAS constituem as forças vivas da natureza como: a agua, o vento o trovão, o relâmpago, o mar, os rios, as montanhas, a força, a luz, o arco-íris, sol e tudo que e criado pela força da natureza. Os ORIXAS estão em plano superior aos simples mortais. Cada ORIXA tem sua missão especial própria e intransferível. Para os religiosos adeptos do candomblé tudo começa com a mãe terra.Ela casou-se com OXALA que e o criador da vida, e dessa união nasceu a deusa IEMANJA, das águas salgadas, e um irmão que recebeu o nome deAGANJUR «o deserto». De um incesto entre os dois irmãos surgiu ORUNGAM «horizonte» e ele que quando tenta possuir IEMANJA faz jorrar de seus seios os ORIXAS. Do culto de fertilidade nasceu a lenda «casamento do céu com a terra» gerando os deuses ou ORIXAS como são conhecidos।As núpcias celestes apareceram também em todas as mitologias। 
O Pai, o Deus possui sua esposa terra e faz nascer tudo o que é vivo, as águas, os vegetais e outros ser viventes। 
Cada ORIXA que são :

Ogum (o Deus da guerra), 
Oxossi (Rei das matas), 
Ossâyhn (o Deus das folhas e plantas) ,
Logun -Edé (Príncipe dos Orixás), 
Obaluaê ou Omulu (o Deus da transformação ) , 
Oxum (a Deusa do amor), 
Oxumaré (o Deus do arco íris) ,
Yemanjá (Deusa dos mares) ,
Nanã Burukú (a Deusa matriarca das avós), 
Yansã ou Oyá (Deusa guerreira), 
Xango (Deus da justiça) ,
Oxalá (o Deus dos Deuses) . 
Oxaguian (o Deus do inhame)
Cada um deles representa um santo católico। Também têem um dia no ano que lhe e especialmente consagrado, coincidindo com o santo católico a quem corresponde o sincretismo Isso porque o candomblé é ligado ao catolicismo। 
Ogum corresponde na católica S.Jorgea sua cor é azul-marinho dia de comemoração 23 de Abril os filhos deOgum são pessoas agressivas, impulsivos e com uma grande força de vontade também têem uma fraqueza cristalina que impede de alguém odiá-los.
Saudação Ogunhê-Ogumpatacorí 

Oxossi corresponde na católica aS.Sebastião a sua cor é verde ou azul celeste dia de comemoração 20 de Janeiro os filhos de Oxossi gostam de caça movimento aventura e liberdade, prazer e descanso e também são generosos e estão sempre em alerta।
Saudação Okê- Odê
Ossayhn corresponde na católica aS.Benedito a sua cor é verdebranco azul e ainda o vermelho os filhos deOssayhn que são muito poucos e eles adoram trabalhar com plantas na descoberta de curas para a humanidade o Ossayhn ensina todos os seus filhos o uso e magia das plantas.
Saudação Eu-Êô
Logun-Edé corresponde na católica aS.Miguel Arcanjo a sua cor é o azul celeste que representa a terra do kêto ou ainda amarelo ouro o seu dia de comemoração é 29 de Setembro os filhos de Logun Edè muitas das vezes têem tonturas desmaios em que estas as vezes são confundidas por sintomas provocados pelos eguns (espíritos baixos).
Saudação Ou-Orikì-Olu-Alô-Riki
Obaluaê corresponde na católicaS.Lázaro a sua cor branco vermelho epreto os seus filhos são pessoas serias inteligentes e inibidas, gostam da solidão e estão sempre prontos a ajudar os outros, o seu dia de comemoração é 16 de Agosto.
Saudação Atotô-Ajiberô 
Oxum corresponde na católica Nossa Senhora da Conceição a sua coramarelo ouro e branco neve os seus filhos são sempre graciosos simpáticos e elegantes, Oxum também é a rainha das crianças as quais ela protege o seu dia comemorativo e 8 Dezembro e também mês de Maio (mês de Maria).
Saudação Ora-Iê Iê-Oxum
Oxumaré corresponde na católicaSº.Bartolomeu a suas cores são as doarco-íris mas a que mais usa é oamarelo e o verde o seu dia comemorativo é 24 de Agosto.
Saudação Orobobô-Oxumarê.
Yemanjá corresponde na católica aNossa Senhora da Gloria as suas cores são Branca, azul claroYemanjá luta sempre pelos seus filhos é uma grande mãe astral o seu elemento é a agua salgada o seu dia de comemoração 2 de Fevereiro.
Saudação Odoiá.
Nana Burukú e representada na católica Nossa Senhora de Santana as suas cores são roxa e branco é consederada a mais velha das Deusas das águas torna-se uma deusa justiceira não aceita muito uma brincadeira já que representa a morte porque é o principio e o fim de tudo o seu dia de comemoração é dia 26 de Julho.
Yansã ou Oyá representa na católicaSanta Bárbara as suas cores são Rosa e Vermelho os seus filhos são pessoas bonitas sensuais fogosos normalmente têem aventuras amorosas são ciumentos e são pessoas autoritárias o seu dia comemorativo 4 de Dezembro.
Saudação Êpa-Hei-Yansá
Xangô representa na católica Sº Jerónimo as suas ores são marrom e vermelho Xangô é o Deus do trovão é justiceiro, castiga os mentirosos os ladroes e malfeitores e tem sempre equilibro de agir com neutralidadeXango além de ser maduro e viril sabe o que quer e como deve conseguir, o seu dia comemorativo 24 de Julho
Saudação Kawô-Kabiesilê
Oxalá representa na católica Jesus Cristo a sua cor representa o branco puro é o filho mais directo do Deus Supremo ( Olurum ou Olodumarê )foi-lhe atribuído o trabalho de criar o mundo, os filhos são carinhosos respeitadores o seu dia de comemoração 25 de Dezembro .
Saudação –Epabábá - Exeebabá

Na mitologia sobre a invenção do candomblé, os colares de contas aparecem como objectos de identificação dos fiéis aos deuses e o seu recebimento, como momento importante nessa vinculação. De acordo com o mito, a montagem, a lavagem e a entrega dos fios-de-contas constituem momentos fundamentais no ritual de iniciação dos filhos-de-santo, os quais, daí em diante, além de unidos, estão protegidos pelos orixás.
Feitos com contas de diferentes materiais e cores, esses fios apresentam uma grande diversidade e podem ser agrupados por tipologias de acordo com os usos e significados que têm no culto. Assim, acompanham e marcam a vida espiritual do fiel, desde os primeiros instantes da sua iniciação até às suas cerimónias fúnebres.
Como nos momentos da montagem e do recebimento, também o instante da ruptura é significativo; entretanto, o rompimento do fio-de-contas, mais do que indicar um mau presságio, que assusta e preocupa o indivíduo e a comunidade, pode ser o início de um novo ciclo, um recomeço, um momento de viragem que pede um novo fio. Dos primeiros fios – simples, ascéticos e rigorosos – às contas mais livres, exuberantes, complexas e personalizadas que a pessoa vai produzindo ou ganhando ao longo do tempo, delineia-se o caminho de cada um na sua vinculação aos orixás e à comunidade do terreiro.
Desta maneira, mais do que a libertação do gosto particular, as transformações nos colares revelam o conhecimento adquirido pela pessoa e sua ascensão na hierarquia religiosa. De tal modo que um leigo pode passar despercebido por um fio-de-contas ou vê-lo apenas como um adorno, enquanto um iniciado na cultura do candomblé o tomará como um objecto pleno de significados, que pode ser “lido” e no qual é possível identificar a raiz, o orixá da cabeça e o tempo de iniciação, entre outros dados da vida espiritual de quem o usa.
Dos ritos secretos e espaços fechados do culto aos orixás, os fios-de-contas ganharam o mundo e adquiriram novos usos. De África vieram para o Brasil e para todo o mundo onde o candomblé se tem difundido. Hoje, devido ao sincretismo religioso, além dos espaços de culto, é possível observar a presença de fios-de-contas em lugares inusitados como automóveis e lojas, mas já destituídos das funções e sentidos primordiais, usados apenas para proteger os espaços e as pessoas contra maus agouros.
Pode ser chamado fio-de-contas desde aquele de um fio único de missangas até a um colar com vários fios presos por uma ou várias firmas. A quantidade de fios pode variar de uma nação para outra na correspondência de cargos.
Na hierarquia do candomblé toda a pessoa que entra para a religião será um Abiã e assim permanecerá até que se inicie. Ao Abiã só é permitido o uso de dois fios-de-contas simples de um fio só, um na cor branco leitoso que corresponde a Oxalá, de acordo com a nação e um na cor do Orixá da pessoa, quando já tenha sido identificado, dessa forma pode-se saber que a pessoa é um Abiã e qual é o seu Orixá.
Um Egbomi usa diversos colares de um fio só, com contas na cor dos Orixás que já tem assentados e estas já podem ser intercaladas com corais ou firmas Africanas। 

                                          

Pela cor das contas ( guias ), usadas no pescoço, distinguimos a que ORIXÁ pertence cada individuo. Cada NAÇÃO ( tribo ) de Candomblé, desde a origem, tem suas cores próprias. Mo Keto, as cores são as seguintes:
OGUM ======== AZUL MARINHO
OSHÓSSI======= AZUL CLARO
OMOLU======== PRETO e BRANCO, RAJADO
OSHUMARÉ===== em algumas Casa usa-se o PRETO E AMARELO, RAJADO; em outra AMARELO, RAJADO de MARROM, PRETO E VERMELHO
OSSANYIN====== VERDE e BRANCO, RAJADO
IROKÓ========= é o dono do RUNGEVE
LOGUN-ODÉ===== AMARELO-OURO e AZUL CLARO, em contas alternadas
OSHUM========= AMARELO-OURO
YEMANJÁ======= BRANCO, CRISTAL
YASÃN========= MARROM
OBÁ=========== VERMELHO ou laranja
EWÁ=========== AMARELO, RAJADO de VERMELHO
ANAMBURUCU=== AZUL, RAJADO de BRANCO. Em algumas Casas , usa-se LILÁS
XANGÔ========= rei de OYÓ, sua cor é MARROM e BRANCO, usam-se contas alternadas, Veste-se de VERMELHO e BRANCO
OXALÁ========= BRANCO
OXAGUIAN===== AZUL INTERCALADO COM BRANCO
Cada dia da semanaé dedicado a um Orixá africano, assim como cad parte da natureza é regida por um deles। E, assim, segundo a tradição temos :

Yabassé

Yabassé

Cargo feminino. É aquela que cuida, separa ingredientes e executa a comida do Santo. Chamada a cozinheira do Axé, é dela a obrigação de ver aquilo que o Santo mais gosta e executar os trabalhos de cozinha. A Yabassé faz também a comida que será oferecida aos visitantes nos dias de festa na Casa। Para exercer esse cargo é preciso que a mulher seja iniciada no Santo e receba a autorização do Pai ou Mãe-de-Santo para ser a cozinheira oficial dos Orixás.

Dagã



Dagã

Cargo feminino. É aquela que vai cuidar da casa deExú. Está sempre presente na cerimónia do Padê(que é a reunião para despachar Exú, ou seja, levá-lo para fora para que tome conta dos trabalhos). É a Dagã que vai tratar dos Exús da Casa, mantendo sempre tudo limpo, aceso e abastecido com os ingredientes da preferência de Exú, tais como ooti (cachaça), epô pupá (azeite de dendê), oyn(mel), etc॥

Ebomi



Ebomi

São aqueles feitos com mais de sete anos de iniciação. Eles agem na Casa como irmãos mais velhos, orientando os mais novos na conduta e procurando ajudar em tudo o que é possível।

Vodunci



Vodunci

São aqueles feitos com mais de três anos de iniciação। Trabalham para a manutenção da Casa, além de ajudar os mais velhos nas actividades.


Abian



Abian

É o iniciante। Aquele que está dando os primeiros passos no Candomblé e que terá o seu futuro, a nível de culto, decidido pelo Pai ou Mãe-de-Santo. Ajuda no que é possível.

Baba Efun



Iá - Efun

É um cargo feminino. Cabe à Iá-Efun o preparo doatim, ou seja, dos pós que irão dar o desenho da família. É aquela que irá pintar a/o Yawô nas saídas de Santo, aquela que vai “marcar” com o atim, a pemba ralada, a/o Yawô com as cores e formas daquela determinada tribo। Para assumir este cargo é preciso ser iniciada no Santo e ter, no mínimo, sete anos de feitura.

Peji-Runtó




Peji-Runtó

Nos rituais são utilizados muitos elementos, tais como: pembas, temperos, faca, navalha, tesoura, além do obi e orogbô, ervas, favas, toalhas, entre outras coisas. O Peji-Runtó é aquele que vai preparar a mesa, digamos assim. É aquele que vai dar condições ao Babalorixá ou Iyalorixá de desempenharem as suas tarefas, podendo concentrar-se ao máximo, sem preocupação de que este ou aquele elemento esteja faltando ao ritual. O trabalho de Peji-Runtó torna-se, assim, muito importante para o bom desempenho e andamento dos rituais।
tempo de obrigação
Um ano após a feitura, o nascimento no santo, oYawo deve fazer a sua primeira obrigação que tem como significado comemorar esse nascimento e o reforço dos seus votos. Nessa ocasião, são oferecidos: um Bori e um animal de duas patas.Os votos serão renovados ao completar 3 (três) anos. Serão então oferecidos: um Bori [...]



QUEDA DE KEKLÊ DO YAWO




Na queda de Kelê não é necessário que se dê um toque. Pode-se fazê-lo se o desejar. recolhe-se oYawo e manda-se o mesmo dar Ossé no Santo. Pela madrugada, dá-se um Obi no Yawo, com um pombo ou Konkén e tira-se o Kelê, cantando a reza das Yabás, porque Oshun é a dona do Kelê. Quando desamarrar o Kelê do Yawo, pede-se oHilá ou Hilári brado de guerra ) do Orixá.

Axogun

Axogun

Cargo masculino. É aquele que cuida dos animais a serem sacrificados para os Orixás e aquele que os sacrifica. É ele que vai cuidar da alimentação dos animais, do seu banho (ossé) antes das matanças. Cabe a ele também abrir os bichos já sacrificados e separar os Axés (miúdos), além de tratar do couro e passá-los para os Ogans. Para se chegar ao cargo de Axogun é preciso ter aquilo a que se chama “Mão de Faca”, que é a autoridade para fazer os sacrifícios animais. Diga-se de passagem, os Oganstambém actuam como Axoguns, desde que tenham a “Mão de Faca”।

Olossãe ou Babalossãe

Olossãe ou Babalossãe

É outro cargo da maior importância dentro do Axé, pois cabe a ele – e digo “ele” pois trata-se de um cargo estritamente masculino – o recolhimento e escolha das ervas que vão entrar nos rituais। O Babalossãe é quem procura, reza, cata e macera as ervas, num ritual de grande importância, pois sem folhas nada pode ser feito dentro de uma Casa de Santo.

Ekedi

Ekedi

Ekedi em seu papel de Mãe exerce a função de Dama de Honra do Orixá regente da Casa. É dela a função de zelar, acompanhar, dançar, cuidar das roupas e apetrechos do Orixá da Casa, além dos demais Orixás, dos filhos e até mesmo dos visitantes. É uma espécie de “noiva” que actua sempre ao lado do Orixá e que também cuida dos objectos pessoais do Babalorixá ou Iyalorixá. O cargo de Ekedi é muito importante, pois será ela a condutora dos Orixás incorporados no Egbê(barracão ou sala de festividades) e dela é a responsabilidade de recolhê-los e “desvirá-los”, observando as condições físicas daqueles que “desviraram”. O procedimento para se tornarEkedi é o seguinte: primeiramente ela é apresentada – não suspensa, como o Ogan – e logo depois será confirmada, com as obrigações deRoncó

Ogan

Ogan

Não pode ser considerado, tão-somente, o tocador de atabaque. O Ogan é uma figura importante dentro de uma Casa de Santo, pois ele actua como uma espécie de fiscal, ajudando na coordenação dos rituais. É da competência do Ogan a manutenção e preparação dos couros para os atabaques; coordenar os toques, entoando as cantigas dentro das sequências correctas. É também função do Ogan – juntamente com oBabalorixá ou Iyalorixá – entoar as rezas feitas nas obrigações e demais rituais. O Ogan principal é oAlabê, uma espécie de chefe dos Ogans, que coordena, trabalha e actua na boa conduta dos demais tocadores. O Ogan passa por dois estágios: o período de suspensão, quando ele é indicado pelo Santo da Casa, e o da confirmação, quando ele passa pelas obrigações de Roncó।

Baba-Kekerê ou Iya-Kekerê

Babá-Kekerê ou Iyá-Kekerê


Significa Pai-Pequeno ou Mãe-Pequena. São os segundos dentro da hierarquia de uma Casa de Santo. São os substitutos eventuais do Babalorixá ou Iyalorixá. Eles têm a função de orientar, educar, mostrar o melhor caminho aos filhos da Casa. São os supervisores gerais do bom funcionamento e cabe a eles, em primeira instância, inspeccionar a conduta, higiene e necessidades dos filhos-de-santo. É o Pai, ou a Mãe-Pequena que assume, caso o Zelador ou Zeladora esteja fora ou incorporado com o Orixá. Neste caso exercem a mesma função do Zelador ou Zeladora, procurando manter bem equilibrado oAxé. Cabe também a eles a manutenção da Casa, para que não haja falhas no sistema. A sua função é da mais alta importância, pois na condição de substituto directo, é quem recebe todas as cargas e distúrbios que porventura aconteçam. Para exercer o cargo de Babá-Kekerê ou Iyá-Kekerê é preciso que a pessoa seja feita (iniciada dentro do Santo) e que tenha um mínimo de sete anos de feito, pois neste cargo exige-se experiência e muita tranquilidade, humildade, entendimento e resignação, além de sabedoria, competência e calma।

Babalorixá ou Iyalorixá

Babalorixá ou Iyalorixá

É o cargo mais alto dentro de uma Casa de Santo ou Ilê. É o Zelador ou Zeladora, aquele que cuida dos Orixás, que inicia os noviços, suspende e confirma Ogans, apresenta e confirma Ekedis, Olossães, Axoguns, etc. O Babalorixá ou Iyalorixá é o ponto de equilíbrio, a cabeça de uma Casa. OZelador ou Zeladora trabalha como uma espécie de guia e mentor espiritual, aconselhando, discutindo, desenvolvendo métodos para o melhor andamento da Casa. É dele ou dela a palavra final sobre tudo o que será realizado, pois é o Zelador(Babalorixá) ou Zeladora (Iyalorixá), aquele que está mais próximo do Orixá regente da casa. Todos os filhos, Ogans, Ekedis; Axoguns, etc., voltam-se para ele, pois os Orixás da cabeça destes, servem ao Orixá regente da Casa, numa situação de humildade que deve ser acompanhada pelos demais, facto que nem sempre acontece, pois existem aqueles que deixam a importância dos seus cargos subir-lhes à cabeça, extrapolando a sua autoridade. O Babalorixá ou Iyalorixá é o ponto de equilíbrio, pois ele ou ela é o formador dos demais cargos existentes no culto. O tempo exacto para que alguém assuma o cargo de Babalorixá ou Iyalorixá é de sete anos de iniciado, pois antes disso a pessoa não se encontra capacitada para iniciar outras pessoas no Culto। É o único cargo onde o tempo devido deve ser respeitado, para que haja harmonia.

Candomblé Ketu

Candomblé Ketu

Candomblé Ketu (pronuncia-se queto) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma religião Afro-Brasileira. No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.Orixás Os Orixás do Ketu são basicamente os da Mitologia Yoruba.
Olorun é o Deus supremo, que criou as divindades ou Orishas (Orixás). As centenas de orixás ainda cultuados na África, ficou reduzida à um pequeno número que são invocados em cerimônias:
Exu, Orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Ogum, Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
Oxóssi, Orixá da caça e da fartura.
Logunedé, Orixá jovem da caça e da pesca
Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris.
Ossaim, Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as folhas.
Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger  Oxum, Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios, e amor.
Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.
Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
Ewá, Orixá feminino do Rio Ewá.
Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô
Axabó, Orixá feminino da família de Xangô
Ibeji, Orixá dos gêmeos
Irôco, Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Onilé, Orixá do culto de Egungun
Oxalá, é um nome genérico para vários Orixás Funfun (branco) OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do destino.
Odudua, Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba. Oranian, Orixá filho mais novo de Odudua Baiani, Orixá também chamado Dadá Ajaká Olokun, Orixá divindade

ALTO CANDOMBLÉ

O ALTO CANDOMBLÉ da nação do Ketu, NÃO é Umbanda e muito menos, Magia Negra. É uma religião trazida para o Brasil pelos negros que vieram da África como escravos e que cultuavam os seus ORIXÁS.Este culto dos ORIXÁS remonta de muitos séculos, talvez sendo um dos mais antigos cultos religiosos de toda a história da humanidade.
O objetivo principal deste culto é o EQUILIBRIO entre o ser humano e os ORIXÁS.A maior característica do ALTO CANDOMBLÉ da Nação Ketu é que a religião de ORIXÁ tem por base ensinamentos que DEVEM ser passados de geração a geração de forma oral. Ou seja, não existem anotações, fórmulas mágicas, etc...
Ou o “iniciado” aprende e desenvolve sua espiritualidade junto aos Orixás, ou então é melhor nem fazer uso dos BÚZIOS CONSAGRADOS.
ORIXÁ significa - ORI = COROA / XÁ = LUZ
Ou seja, a palavra ORIXÁ quer dizer “Coroa Iluminada”, “Espírito de Luz”.
É o princípio mais evoluído existente em nosso sistema, manifestado através das forças da natureza.
O Alto Candomblé é uma religião dinâmica, mas ao contrário da imaginação de muitos, devido à sua variedade de deuses é essencialmente monoteísta, crê em um único Deus e criador, Olorún (“olo” = dono, senhor; “orun” = céu, espaço celeste sagrado), que criou o céu e a terra, os orixás e o homem. O Orún sua moradia e dos Araorún, todos os ancestrais e elementais divinizados; o Aiyé, moradia dos Araiyé, os seres humanos, os animais, vegetais, minerais e toda forma da natureza.
Os Orixás, elementais da natureza por excelência, seus guardiões e fiscais, energia indispensável para toda a sobrevivência, com função dupla: reger e cuidar da natureza em si e da natureza humana.
O Homem, objeto principal da sua criação, para de tudo usufruir dentro dos critérios do seu CRIADOR.
A teologia Yorubana, só faz referência ao Orún e ao Aiyé.Em momento algum, em qualquer circunstância, o faz sobre as palavras - inferno e pecado - as leis, a lógica, o bom senso e os ensinamentos permeiam a conduta das pessoas, até porque estes são termos posteriores à criação do homem pela teologia Yorubana.
No Alto candomblé nada se inventa, tudo se aprende, o “saber” e o “conhecimento” só vem com o Tempo, Ensinamento, Humildade, AXÉ, Merecimento e Compreensão; já a sua prática tende a adaptar-se, ao Crescimento e Modernidade do mundo, professando a sua religião através dos seus rituais.
As casas de candomblé são frequentadas e habitadas por um número variável de pessoas, pode variar de 20 a 300 pessoas dependendo do tamanho da casa e da ocasião ou do evento.
Fora do período de festas na casa só ficam as pessoas residentes, mas nas obrigações e festas além dos residentes virão os outros 
filhos-de-santoda casa e os visitantes e convidados.
Quanto maior o número de pessoas, maior será a preocupação com a
 
higiene alimentação.Os animais são abatidos e limpos e as comidas são preparadas sempre sob a vigilância da Iyabassêencarregada da cozinha e responsável pela qualidade dos alimentosOrixás como para as pessoas. tanto para os
A maior preocupação nas casas de candomblé e das outras 
religiões afro-brasileiras sempre foi com as doenças infecciosas principalmente atuberculose hepatitepor serem transmissíveis através de copos e talherespor esse motivo cada filho da casa deve ter seu prato canecaidentificados, iyawos durante o período de recolhimento não usam talheres só passam a usá-los depois da caída de quelê. A higiene compratostalheres e copos sempre foi constante.
Nos tempos modernos quando já existem os materiais descartáveis ficou um pouco mais fácil de lidar com o problema.
Com o surgimento de novas doenças como
 
HIV ouAids muitos hábitos e costumes do candomblé tiveram que ser mudados.
Na 
iniciação os Iyawos tinham suas cabeças raspadas e curas feitas por uma única navalha que a Iyalorixámãe-de-santo quando da posse do cargo, isso passou a ser feito com mais cuidado, adotando-se navalhas individuais ou descartáveis. recebia de suaUm dos maiores problemas enfrentados nas casas de candomblé tem sido com a dengue,principalmente nas regiões onde os focos domosquito estão sendo combatidos.Os potes de abô (infusão de folhas sagradas) foram esvaziados para evitar possível proliferação do mosquito, os banhos são preparados com água efolhas
 frescas e usados imediatamente.

ORIGEM DO CANDOMBLÉ DE KETO


O Candomble de ketu ou Alaketo, por nois praticado, é de origem Nigeriana.
Com a vinda do negro para o Brasil, vieram com ele sua religião, seus costumes e crenças. Assim surgiu o Candomblé no Brasil.
Os Orixás cultuados pelos negros aqui chegados, dessa região africana são :

01 = BARÁ E LEGBA ( EXU E POMBA GIRA )
02 = OGUM 
03 = ODÉ ou OSHOSSI
04 = OMULU ou OBALUAYIÉ
05 = OSHUMARÉ
06 = OSANYIN
07 = IROKO 
08 = LONGUN-ODÉ
09 = OSHUM 
10 = YEMANJÁ 
11 = YASÃN
12 = OBÁ
13 = EWÁ
14 = ANAMBURUCU 
15 = SHANGÔ 
16 = OSHALÁ ( OSHOGUIAN e OSHOLUFAN )
Por tanto são dezeseis os Orixás Africanos por nois conheçidos, mais os ERÊS, perfazendo o total de dezessete entidades.
Este culto da forma como é aqui no Brasil praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o que chamo de culto à orisá, ou seja, cada região africana cultua um Orisá e só inicia Elegun ou pessoa daquele Orisá.
Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil.
Por esse motivo, antigos Babalorisás e Iyalorisás evitavam chamar o "culto dos Orisás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo à palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.
A palavra Candomblé possui dois significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de Candonbé, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de Candonbidé, que quer dizer ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa. NAÇÕES: Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, conforme a seguir: Candomblé da Nação Ketu, Candomblé da Nação Jeje, Candomblé da Nação Angola, Candomblé da Nação Congo, Candomblé da Nação Muxicongo.
A palavra Nação entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos Mahin.
Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokuta, Ijesá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual às demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Esses yorubás, quando guerrearam com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil.
Quando os yorubás chegaram naquela região sofrida e maltratada, foram chamados pelos Fons de Ànagô, que quer dizer na língua Fon piolhentos, sujos entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou Nàgó e passou a ser aceita pelos povos yorubás no Brasil, para definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada Nàgó.
No Brasil, a palavra Nàgó passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região norte, mais conhecido como Sangô do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes yorubás. Porém, existem variações de Nações, por exemplo, Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijesá. Efan é uma cidade da região de Ilesá próxima a Osobô e ao rio Osun. Ijesá não é uma nação política. Ijesá é o nome dado às pessoas que nascem ou vivem na região de Ilesá, que caracteriza a Nação Ijesá no Brasil é a posição que desfruta Osun como a rainha dessa nação. Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu.
Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo. A partir de Maria Néném e depois os Candomblés de Mansu Bunduquemqué do falecido Bernardino Bate-folha e Bam Dan Guaíne muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras. Nesse estudo sobre Nações de Candomblé, poderia relatar sobre outras formas de Candomblé, como por exemplo, Nàgó-vodun que é uma fusão de costumes yorubás e Jeje, e o Alaketu que não é uma nação específica, mas sim uma Nação yorubá com a origem na mesma região de Ketu, cuja sua história no Brasil soma-se mais de trezentos e cinqüenta anos ao tempo dos ancestrais da casa.
A verdade é que o culto nigeriano de Orisá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nas primeiras casas de Candomblé, os homens não entravam na roda de dança para os Orisás. Mesmo os que se tornavam Babalorisás tinham uma conduta diferente quanto à roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial.
Daí ter-se que se inserirem no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de Ogans. Hoje a palavra Candomblé no Brasil define o que chamamos de Culto Afro-Brasileiro.
Oya (Eparrei 

Oya Koro Um Le Ogere Ge
Oya Koro Um La Oga Raga
Omobirin Sala Koro Um Le
Oge Rege
Oya Komo Relo 
A Oyo Do Mu Nhã Nhã
Do Mu Nhã Nhã
Da Ni Apada Do L’oya O
Do Mu Nhã Nhã
Da Ni Apada O Do L’oya
Da Ni Apo
Da Ni Apo Fara Jo
Oya Mi To Le L’oya
Oya Mi To Ke L’oya
Orisa Were We
Oya Mi To Ke L’oya O


Ogum (Pà ta ko ri Oggun


Pà ta ko ri Oggun

Oggun a jo e Mariwo 
Akóró a jo e Mariwo  
Ogou pà lè pà lona 
Oggun a jo e Mariwo 
E ma tù Ye ye